Neuroma de Morton é a inflamação que ocorre nos nervos interdigitais (localizados na sola dos pés), decorrente de sua compressão crônica (repetitiva). Esses nervos passam por entre os ossos metatarsos, chegando aos dedos dos pés, e podem ser comprimidos entres os próprios metatarsos ou diretamente contra o solo. Isso acontece a cada passo, na caminhada ou na corrida, por exemplo, onde a parte da frente do pé fica apoiada.
Inicialmente o nervo é comprimido, gerando dor, depois, ao longo do tempo, passando para uma inflamação e promovendo edema (inchaço). Se não tratada adequadamente, a inflamação pode, a longo prazo, se tornar tecido cicatricial que potencializa ainda mais a dor.
Na maior parte das vezes, o Neuroma de Morton ocorre entre o terceiro e o quarto dedo (considera-se o dedão o primeiro dedo).
O local mais comum é entre o 3o e o 4o metatarsos.
Existem dois mecanismos básicos que dão origem ao neuroma. Um é a compressão direta contra o solo e o outro é devido a forças laterais que fazem o espaço entre os metatarsos diminuir, comprimindo o nervo.
A diminuição do arco anterior do pé (arco transverso), o uso de salto alto, a corrida com o antepé, são alguns fatores que aumentam a intensidade da compressão a cada pisada. Alterações como antepé varo, pisada pronada, joanete, calçado muito apertado fazem com que o nervo fique comprimido entre os metatarsos.
O principal sintoma do Neuroma de Morton é a dor ao pisar o pé no solo, geralmente acompanhada de formigamento, queimação ou choque.
Algumas das estratégias mais recomendadas para alívio das dores do Neuroma de Morton são o uso de gelo (2 a 3 vezes ao dia, pode ser feito por 20 minutos num balde de água e gelo – veja aqui o artigo sobre gelo – “Gelo ou calor após uma lesão?”), uso de “taping” (fitas adesivas), o uso de palmilhas que dão suporte aos metatarsos, diminuir a altura do calçado ou usar saltos de menor tamanho (ou evitar qualquer tipo de salto alto), aumentar o acolchoamento do calçado, alterar o tipo de laço usado (deixar mais folga na parte próxima aos dedos), repouso, fisioterapia. Vamos falar de cada uma delas mais especificamente:
·Gelo: diminui a inflamação e é analgésico, minimiza a formação de edema.
·“Taping” (fitas adesivas): podem ser usadas para dar mais espaço entre os metatarsos, e para ajudar a corrigir a pisada pronada e a queda do arco transverso do pé.
·Palmilhas: levantam os metatarsos, diminuindo seu impacto contra o chão a cada pisada. Podem ser usadas para minimizar a sobrecarga causada pelo antepé varo ou corrigir a pisada pronada.
·Diminuir o salto: diminui a compressão sobre os metatarsos. O impacto a cada passo fica mais dividido entre a parte da frente e o resto dos pés.
·Acolchoamento do calçado: diminui a compressão pois o nervo se comprime contra uma superfície menos rígida.
·Laço mais folgado: descomprime lateralmente os metatarsos dando mais espaço para o nervo.
·Repouso: dá tempo para o tecido se recuperar.
·Fisioterapia: a fisioterapia irá corrigir os desvios de movimento que favorecem a compressão do nervo, assim como corrigir os desequilíbrios articulares e musculares que estiverem presentes.
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