Fibromialgia

 

 

 

A fibromialgia é uma condição cuja etiologia é desconhecida, ou seja, não se sabe exatamente o que realmente está causando essa doença. Sabe-se que ela existe, ela pode ser identificada através do exame clínico do profissional especialista, porém, ainda assim pode ser confundida com outras condições que tem sintomas parecidos, como a síndrome da fadiga crônica.

 

Importante, ela é identificada no exame clínico, ou seja, através de testes e dos sintomas relatados pelo paciente. Não existem exames laboratoriais (exame de sangue, por exemplo) ou de imagem (como uma ressonância magnética) que a identifiquem. Estes testes servem para excluir outras possíveis doenças. Outro aspecto a ser considerado: a fibromialgia não afeta as articulações.

 

Um conceito recente é o de que podem existir sub-tipos de fibromialgia, e que cada um desses necessita de tratamentos específicos.

 

 

 

1. Identificando a fibromialgia

 

Nossa proposta não é ensinar como identificar a fibromialgia, mas divulgar como isso costuma ser feito. Em geral os médicos reumatologistas são os mais recomendados para identificar essa condição. Existe uma proposta, aparentemente mais antiga, que tem como critérios a presença de dor crônica generalizada por no mínimo 3 meses e sensibilidade em pelo menos 11 de 18 tender points, e uma proposta mais moderna que diz que a presença da dor crônica generalizada associada a um sono não restaurativo e a presença de alguns (não o mínimo de 11) tender points, identifica a fibromialgia. Como mencionado anteriormente, existem outras condições com sintomas semelhantes, de forma que cabe ao profissional descartá-las de forma a estabelecer o diagnóstico da fibromialgia.

 

Dor crônica generalizada: é a dor que existe nos dois lados do corpo, acima e abaixo da cintura pélvica (região da bacia), associada a dor ou em alguma parte da coluna ou na região anterior do tórax.

 

Tender points: são pontos específicos, presentes dos dois lados do corpo, associados com a fibromialgia. Considera-se que o tender point está presente quando há dor durante a pressão manual.

 

Sono não restaurativo: pacientes com fibromialgia, em geral, não dormem “pesado”, não atingem os estados profundos do sono. Muitos acordam diversas vezes durante a noite.

 

 

tender points na fibromialgia

 

 

 

2. O que a pessoa com fibromialgia relata?

 

Dor e cansaço. Dor pelo corpo, dos dois lados, cansaço (muitas vezes devido ao pouco sono), fraqueza e rigidez de movimentos, especialmente de manhã. Muitas vezes há depressão associada.

 

Os sintomas oscilam. Podem se agravar, especialmente se a pessoa exagerar no exercício, sofrer algum stress emocional, o clima estiver muito úmido, pela falta de sono ou mesmo pela exacerbação de outras dores (ex: a pessoa tem uma hérnia discal que se agrava e gera dor, essa dor pode exacerbar os sintomas da fibromialgia).

 

 

 

3. E o tratamento?

 

Envolve medicações e pode também envolver psicoterapia.

 

Em relação à atividade física, programas de exercício parecem ser benéficos para o indivíduo com fibromialgia. Além da melhora das aptidões físicas, muitas vezes há relatos de melhora dos sintomas dolorosos, e isso é importante. Geralmente, recomendava-se principalmente atividades aeróbias e alongamento. Atualmente, há relatos dos benefícios de exercícios de fortalecimento, com intensidades de leve a moderada, promovendo as melhoras mencionadas. Há também relatos de melhora com massagens, sendo que estas não podem promover dor e devem ter sua intensidade aumentada progressivamente.

 

Vejamos alguns dos benefícios que vem sendo relatados:

 

.Treino de força junto com exercícios aeróbios: menor fadiga, maior força, maior velocidade para caminhar e subir escadas

 

.Treino de força apenas: melhora da força e melhora da dor, melhora da fadiga, melhora do sono, melhora da depressão.

 

.Treino aeróbio: melhora da dor, melhora do sono, melhora da fadiga, melhora da depressão.

 

.Massagem: melhora da dor, melhora da fadiga, melhora do sono.

 

.Alongamento: melhora da dor.

 

 

 

Minha experiência com pacientes fibromiálgicos era a de que eles sentiam dor que não correspondia ao estímulo que estava sendo aplicado. Por exemplo, se posicionássemos seu braço de uma determinada forma e o segurássemos, eles sentiam uma dor intensa, que para uma pessoa sem fibromialgia seria um leve desconforto.

 

Além disso, em geral apresentavam um quadro de ansiedade, falando com velocidade e demonstrando muita preocupação com diversas coisas de seu dia-a-dia. Por outro lado, também conheci pessoas com fibromialgia que apresentavam um comportamento mais tranquilo e sorridente, e via de regra, essas pessoas apresentavam menos dor.

 

Não sei se existe uma relação causa-efeito, com o excesso de dor levando à ansiedade e depressão, ou o contrário, ansiedade e depressão promovendo ou contribuindo para o quadro de dor.

 

E você, tem ou conhece pessoas que têm fibromialgia? Conte sua experiência.

 

 

 

 

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