Em mais um estudo prospectivo, desta vez realizado com cadetes militares, procurou-se analisar a relação entre a forma de se pisar durante a caminhada e o surgimento de dor patelofemoral. Participaram desse estudo 84 cadetes (65 homens e 19 mulheres), que após terem feito a análise da pisada, foram submetidos ao treinamento militar com duração de 6 semanas, sendo acompanhados durante esse período.
36 cadetes desenvolveram dor patelofemoral, sendo 25 homens e 11 mulheres. Foi observado que os indivíduos que desenvolveram lesão apresentavam na análise da pisada:
Ou seja, eles apresentavam uma pisada supinada, ou que tendia a ser supinada. A pisada supinada promove uma menor absorção do impacto, fazendo com que esse impacto seja absorvido e promova alteração de movimento em um ou mais dos segmentos superiores (perna, joelho, quadril, coluna). Essa seria uma razão para o surgimento de dor patelofemoral nesse grupo estudado.
Uma outra possibilidade é a de que, pelo fato de ocorrer menos pronação no tornozelo,diminui-se o movimento de rotação interna da perna, e isso levaria a uma posição inadequada da patela no movimento de dobrar e esticar do joelho. O ideal seria um pouco de pronação, promovendo uma pequena rotação da perna. A falta desse movimento estaria levando a parte de baixo da patela mais para fora, fazendo com que ela não deslizasse tão adequadamente pela tróclea do joelho.
Referências Bibliográficas:
THIJS et al – A prospective study on gait-related intrinsic risk factors for patellofemoral pain – Clin J Sport Med – vol.17, n.6, 2007.
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