Neste outro estudo prospectivo, o objetivo foi de encontrar relações entre alterações de movimento durante a corrida (usando tênis) e o desenvolvimento de dores nas pernas (relacionadas ao exercício, que incluiriam síndrome do stress tibial, fraturas de stress, dores na canela e síndromes compartimentais). Foram avaliados 400 estudantes de educação física antes do início de seu programa de práticas esportivas. A avaliação envolveu 3 principais aspectos: avaliação cinemática (câmeras e vídeos com marcadores em pontos do corpo para verificar ângulos, posições e velocidades articulares), avaliação usando-se uma placa de pressão (a pessoa pisa em cima e as forças geradas na placa são avaliadas nos microcomputadores) e uma avaliação do alinhamento postural. A comparação de dados foi feita entre aqueles que desenvolveram dores na perna e aqueles que não desenvolveram qualquer tipo de lesão.
Ao todo, 46 alunos desenvolveram dores na perna. Estes apresentavam as seguintes características:
Ou seja, haviam alterações logo no início da fase de apoio do pé (o contato inicial era na parte do meio do calcanhar), na fase intermediária (aumento da pronação quando o pé se apoiava totalmente) e na fase final do apoio (supinação exagerada).
O excesso de pronação pode trazer consequências para os tendões (que ficam alongados na região interna da perna), quanto para os ossos (que sofrem tração pelos tendões alongados, que nele se fixam), e isso pode se traduzir em lesões e dores. A supinação excessiva também, pois pode indicar uma contração vigorosa de certos músculos, como também altera o alinhamento da perna em relação à coxa (ou seja, ocorre uma rotação no joelho). Essa alteração do alinhamento pode trazer consequências para outras regiões (especialmente o joelho).
Referências Bibliográficas:
WILLEMS et al - Gait-related risk factors for exercise related lower-leg pain during shod running - Medicine and science in sports and exercise - 2007.
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