Estaremos agora falando sobre um estudo realizado na Bélgica, cujo objetivo foi o de identificar fatores de risco para o desenvolvimento da tendinopatia de Aquiles. Para tanto, os pesquisadores acompanharam um grupo de cadetes militares que passaram por um programa de treinamento de 6 semanas de duração, avaliando-os, antes do início do treinamento, em suas características antropométricas (altura, peso, índice de massa corporal), força muscular de músculos da perna (flexores plantares e dorsiflexores) no teste isocinético, amplitude de movimento do tornozelo, rigidez do tendão de Aquiles e força explosiva (através de um teste de salto em distância com um pé só).
Ao todo, 69 cadetes participaram, sendo que 10 deles desenvolveram lesão de sobrecarga do tendão de Aquiles. As características, conforme avaliadas no início do treino, desses 10 indivíduos que desenvolveram lesão foram comparadas com a daqueles sem lesão. Os resultados mostraram 2 fatores principais que parecem predispor à lesão:
A explicação para o déficit de força predispor à lesão do tendão é a de que músculos mais fortes geram tendões mais fortes que são capazes de suportar maior sobrecarga.
Em relação à maior dorsiflexão predispor à lesão do tendão, os autores citam um outro artigo, feito em cobaias, onde a maior amplitude de movimento foi relacionada à gravidade do estiramento. Dessa forma, uma maior amplitude “esticaria” mais o tendão, promovendo assim maior sobrecarga nos repetidos ciclos de contração/alongamento.
Referências Bibliográficas:
MAHIEU et al - Intrinsic risk factors for the development of achilles tendon overuse injury - a prospective study - The American Journal of Sports Medicine - v.34 n.2 2006.
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