Rangidos e Ruídos na Condromalácia Patelar - o que significam?

 

 

 

Uma das principais preocupações das pessoas com condromalácia patelar é o rangido ou ruído que o joelho faz ao dobrá-lo ou esticá-lo (1). Isso pode ocorrer ao caminhar ou em outras atividades, como subir e descer escadas ou agachar.

 

Ele muitas vezes é descrito como "barulho de areia dentro do joelho", "joelho rangendo", dentre outros.  

 

Devido a ele, muitas pessoas acham que o joelho está degenerando, que não devem forçá-lo ou devem mudar os movimentos para não aumentar essa degeneração (2). Além disso, apresentam fortes emoções negativas em relação ao ruído, fazendo o possível para não escutá-lo (e sentindo-se mal quando o escutam) (2).

 

A ansiedade em relação ao ruído do joelho é outro aspecto importante observado nas pessoas com condromalácia (2). Ela parece ocorrer por não saberem o significado real do ruído e o que fazer em relação a ele (2).

 

Pra você que tem condromalácia patelar, aí vão 10 dicas pra entender o que significam os rangidos e ruídos do joelho:

 

 

 

 

 

 

1. o ruído do seu joelho pode ser completamente normal.

99% das pessoas sem dor apresentam um leve rangido na articulação patelofemoral, que pode ser descrito como um ruído de grelha ao dobrar e esticar o joelho, especialmente quando o movimento é feito lentamente. O nome técnico seria "Crepitação Patelofemoral Fisiológica" (3).

 

 

 

 

2. o rangido parece ocorrer devido ao fenômeno de grudar-deslizar ("slip-stick phenomenom")

O movimento da patela sobre o fêmur, quando se dobra ou estica o joelho, não é perfeitamente regular. Ele apresenta travamentos milimétricos que geram esse barulho, tanto em quem tem como em quem não tem condromalácia (BEVERLAND et al - 1986) (3).

 

Vale lembrar que não estamos falando de estalos!!! Estalos têm outra origem que parecem não se relacionar à condromalácia ou a qualquer patologia (3).

 

 

 

 

3. o volume pode estar um pouco mais elevado em joelhos com condromalácia patelar

O fato de haverem eventuais fissuras na cartilagem podem tornar o fenômeno "grudar-deslizar" mais evidente e, dessa forma, aumentar o volume do som (1).

 

 

 

 

 

 

 

4. condromalácia não é artrose!

Condromalácia é diferente da artrose, na qual há uma aproximação entre os ossos (1). Na condromalácia eles não ficam mais próximos, com mais atrito não. Apenas existem fissuras na cartilagem.

 

 

 

 

5. o ruído não quer dizer que a cartilagem desgastou, que está "osso-com-osso" ou que sua articulação está envelhecendo precocemente (1)

Em articulações patelofemorais com degeneração avançada, o ruído fica diminuído. De fato, o barulho se torna praticamente inexistente em articulações muito degeneradas (3).

 

 

 

 

6. Pessoas com degeneração avançada do joelho dificilmente se queixam do barulho. (1)

Se queixam, isso sim, das dores e limitações, mas não do ruído que, como vimos acima, fica diminuído.

 

 

 

 

 

 

 

7. Pode mexer seu joelho e fazer atividades!

O ruído não deve te limitar. Muito pelo contrário, ter medo, parar de se mover, ficar o tempo todo atendo ao ruído querendo evitá-lo, isso sim pode atrapalhar e ajudar a gerar ou aumentar a dor (4).

 

 

 

 

8. não dê muita bola para o que os outros falam!

Você vai ouvir que não deve forçar o joelho, que não deve fazer o ruído acontecer, que deve procurar um profissional da saúde, que deve parar de fazer atividade, dentre outras coisas, devido ao ruído (2). Não dê bola pra nada disso!

 

 

 

 

9. Sinta-se bem!

Muito provavelmente, o ruído do seu joelho não é algo, de fato, importante (1). Sinta-se bem e aproveite a vida!

 

 

 

 

 

 

10. Em caso de dor procure um profissional especializado.

O ruído não é o problema, mas dor sim. Se você tem dor, procure quem entende do assunto para iniciar um tratamento o quanto antes.

 

 

 

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Referências Bibliográficas

1. Robertson CJ. Joint crepitus - are we failing our patients? Physiotherapy Research International. 2010 Dec;15(4):185–8. ROBERTSON et al (2010)

2. Robertson CJ, Hurley M, Jones F. People’s beliefs about the meaning of crepitus in patellofemoral pain and the impact of these beliefs on their behaviour: A qualitative study. Musculoskeletal Science and Practice. 2017 Apr;28:59–64. ROBERTSON et al (2017)

3. McCoy GF, McCrea JD, Beverland DE, Kernohan WG, Mollan RA. Vibration arthrography as a diagnostic aid in diseases of the knee. A preliminary report. J Bone Joint Surg Br. 1987 Mar;69(2):288–93. MCCOY et al (1987)

4. Vlaeyen JWS, Linton SJ. Fear-avoidance and its consequences in chronic musculoskeletal pain: a state of the art: Pain. 2000 Apr;85(3):317–32. VLAEYEN & LINTON (2000)

 

 

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