Aqui ilustraremos com casos clínicos de como certas dores podem ser resolvidas de forma simples, efetiva e rápida. A intenção é mostrar a todos como a Fisioterapia bem feita é muito eficaz no tratamento. Porém, é importante afirmar que não são todos os casos clínicos que podem ser resolvidos de uma maneira rápida, mas que, quando isso for possível, deve ser feito.
Não pregamos a invenção de uma técnica inovadora, mas utilizamos uma metodologia de trabalho própria da Optima que gostamos de dizer que é a Fisioterapia sendo muito bem feita.
Dores no Ombro
Senhora de mais de 70 anos de idade, não consegue levantar braço acima de 50 ou 60 graus após rotina de atividades diárias (lavar louça, levar lixo para a rua). Na avaliação identificamos que os músculos ao redor do ombro estavam muito tensos (deltóides), o ombro estava muito projetado à frente, a escápula (omoplata) mal posicionada. Identificamos também que a parte posterior da articulação empurrava o ombro pra frente (na verdade, havia uma retração da membrana que recobre a articulação – cápsula articular). Nosso tratamento incluiu o alongamento da região posterior da articulação assim como a mobilização do ombro, visando relaxar a musculatura tensa. Após isso, estimulamos os músculos que controlam a escápula, reposicionamos a escápula e treinamos levantar o braço com a escápula na posição (e fazendo o movimento) correta. 20 minutos de atendimento e a paciente levantava o braço por toda a amplitude sem qualquer dor.
Caso 2
Senhora de mais de 50 anos, dor ao elevar o braço direito que se iniciava por volta de 60 graus. Conseguia elevar o braço até o fim da amplitude apesar da dor. Na avaliação identificamos que o problema se originava na coluna cervical. Uma vértebra não se movia com a devida facilidade. Reposicionamos a vértebra com o apoio da mão e pedimos que a paciente elevasse o braço várias vezes, contanto estivesse sem dor. Repetimos algumas séries. Em menos de 5 minutos estava sem dor ao levantar o braço. Na sessão seguinte tivemos de reforçar a atividade novamente (embora ela continuasse sem dor alguma). Após isso trabalhamos a postura e a força muscular e problema resolvido.
Dores no Joelho
Caso 1
Senhora de mais de 70 anos de idade. Dor em joelho esquerdo após realização das atividades diárias. Nossa avaliação identificou que a dor estava se originando de uma limitação do movimento adequado da patela (osso da frente do joelho). Estimulamos o movimento adequado segurando a patela da paciente com ela deitada, enquanto pedíamos que ela dobrasse e esticasse o joelho várias vezes (contanto que estivesse sem dor). Pedimos que levantasse e caminhasse e ela continuou sem dor alguma. Se manteve assim, não sendo necessários outros atendimentos.
Caso 2
Mulher 20 a 40 anos, dor em joelho com condromalácia grau 4. Surpreendentemente, corria sem problemas, apenas o leve incômodo após cerca de 10 minutos, mas tem uma grande dificuldade em subir escadas. Ao subir escadas joelho caía para dentro (valgo). Foi feita estabilização através do uso das técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva com paciente em pé e com pé apoiado no degrau, orientação em relação ao posicionamento do joelho, orientação em relação à contração muscular adequada durante o subir escadas. Após a segunda sessão paciente estava completamente sem dor (fosse ao subir escadas ou após corrida prolongada), sendo que foi continuada fisioterapia com as mesmas condutas e adicionou-se exercícios de estabilização e reequilíbrio muscular. Alta após a sexta sessão.
Caso 3
Mulher 20 a 40 anos, diagnóstico de “estiramento do quadríceps”. Dor era em região medial da patela. Nosso diagnóstico fisioterapêutico indicou que era necessária melhor ativação da musculatura. Realizou-se facilitação do músculo vasto medial através de exercícios simples. Em 3 sessões paciente estava completamente sem dor.
Dores na coluna lombar
Caso 1
Senhora mais de 70 anos com dor e incômodo na coluna, maior à direita, com centro na região de L5-S1 (parte de baixo da coluna lombar). A paciente não podia realizar suas atividades de ginástica e pilates. Na avaliação encontramos uma fixação da vértebra L5 no movimento de rotação. Realizamos uma técnica de liberação da articulação e a paciente relatou melhora. 3 dias depois, no retorno, relatou que a dor e o incômodo estavam melhores, mas que ainda estavam presentes. Nova avaliação realizada, encontramos fixação ainda na vértebra L5, mas para o movimento de inclinação lateral. Realizamos a liberação articular da vértebra e a dor e o incômodo foram eliminados. A paciente pôde retornar às suas atividades plenamente.
Caso 2
Mulher 15 a 30 anos, dor em coluna lombar pouco específica, maior do lado direito. Testes específicos não conseguiram identificar origem, dor aparecia somente durante o dia, ou ao deitar de noite. Avaliação revelou excesso de mobilidade das vértebras da coluna lombar associada à falta de estabilidade na região, observou-se também déficit de controle do posicionamento da bacia. Iniciou-se trabalho de estabilização da coluna através de um programa de exercícios. Que objetivou ativação equilibrada entre a musculatura superficial e profunda e controle adequado do movimento. Realizou-se 1 sessão por semana em sistema de acompanhamento. Após a terceira sessão paciente estava sem dor com rotina de sono melhorada. Na primeira oportunidade que teve, paciente voltou a suas atividades físicas sem limitações ou dores.
Caso 3
Mulher entre 50 e 70 anos, praticante de yôga. Observou-se que a paciente conseguia ativar consistentemente a musculatura profunda do abdômem, mas não conseguia utilizar a musculatura superficial. Havia também presença de respiração chamada “apical” em oposição à respiração abdominal (usando a barriga), sendo que isso favorecia um alongamento da musculatura abdominal superficial, ajudando a inibi-la. Em 3 sessões foi feito o reequilíbrio da respiração e conseguiu-se a ativação correta da musculatura superficial do abdomem em conjunto com a profunda. Paciente liberada sem qualquer dor.
Caso 4
Paciente 60 a 80 anos, praticante de Pilates. Paciente havia deixado de realizar algumas aulas, quando retornou o fez de forma não progressiva. Havia dor na coluna lombar com limitação de movimento (não conseguia se inclinar para os lados, para trás, nem girar o tronco) e aumento da rigidez da musculatura. Realizamos liberação das tensões com massagem deslizante, paciente sentada à frente do terapeuta com leve inclinação de tronco anterior. Em 5 minutos houve melhora de mais de 80% das dores e limitações. Não foram necessária outras sessões.
Dores na articulação sacro-ilíaca
Caso 1
Paciente de 40 a 60 anos, dor na região de glúteos, muita dificuldade para subir ou descer escadas, moderada para caminhar. Nossa avaliação indicou disfunção da articulação sacro-ilíaca. No primeiro dia realizamos dois ajustes de amplitude curta, com melhora de 80% da dor e na liberdade de caminhar ou subir/descer escadas. Nova sessão realizada no dia seguinte, pois correções se mantiveram até o dia seguinte, mas ao carregar peso, as dores e dificuldades retornaram. Aplicamos duas técnicas de mobilização com movimento, uma delas numa situação funcional (paciente levantando uma das pernas – como se desse um passo) e a outra com inclinação do tronco, melhora de 90% das dores e dificuldades de movimento. Melhora subseqüente nos dias que se seguiram sem necessidade de novas seções.
Dores na coluna torácica
Caso 1
Mulher entre 20 e 40 anos, realizava conosco fisioterapia para tratamento ortopédico de pé, mas referiu estar com dor na coluna torácica. A dor era de baixa intensidade, mas incomodava, e se manifestava especialmente ao se inclinar para o lado e se inclinar para trás (além de incomodar durante a maior parte do tempo). Realizamos uma manipulação da coluna torácica e não houve mais dor.
Dores na coluna cervical
Caso 1 – Dor cervical com alteração de áreas próximas (Articulação Têmporo-Mandibular e Ombro, ambos do lado direito)
Mulher entre 20 e 40 anos com dor cervical há mais de 1 ano. Avaliamos e nossa avaliação indicou que não deveríamos fazer qualquer tratamento na coluna cervical, pois ao pressionar levemente uma vértebra, a paciente tinha a sensação de nuvem nos olhos (imagem fechando). Esse é um sinal que pode indicar diminuição da circulação cerebral pela compressão de artérias que passam pela coluna cervical. Dessa forma, não trabalhamos sua cervical e orientamos que procurasse um serviço médico o quanto antes.
Porém, conseguimos trabalhar áreas próximas. Imediatamente após perceber que a cervical não poderia ser trabalhada, lhe explicamos o porque e a importância de ir procurar um serviço médico, e perguntamos por outras áreas de incômodo, verificando que a paciente tinha dores na articulação têmporo-mandibular e no ombro direito.
A avaliação têmporo-mandibular revelou um movimento excessivo à direita ao iniciar o movimento de abertura. Reposicionamos a articulação de forma que esse movimento seria mais controlado e a paciente pode abrir a boca sem dor ou incômodo. Pedimos que repetisse esse movimento (com a pressão sobre a articulação mantida) algumas vezes e ela o fez sem dor alguma. Removemos a mão e ela continuou sem dor ao abrir e fechar a boca. Problema da articulação têmporo-mandibular resolvido.
No ombro direito enfatizamos o trabalho do movimento da escápula, que não se movia coordenadamente com o braço. Favorecemos o posicionamento adequado segurando a escápula durante o movimento de elevação do braço. A paciente conseguiu realizar movimento sem dor alguma. Repetimos várias vezes. Problema resolvido.
Caso 2
Paciente com mais de 70 anos com dor na coluna cervical e diminuição da mobilidade ao girar a cabeça para a esquerda. Em 2 sessões foi reestabelecida a mobilidade total após a mobilização do pescoço em movimento, com fisioterapeuta empurrando suavemente a vértebra com menor mobilidade e a direcionando enquanto paciente girava o pescoço. Cada sessão durou cerca de 15 minutos.
Dores no pé
Caso 1
Paciente de 25 a 45 anos, com diagnóstico de fasciíte plantar. Fez cerca 10 sessões de outro tratamento sem qualquer alteração da dor. A avaliação revelou um déficit de mobilidade do calcanhar associada à excessiva tensão muscular dos músculos da perna e encurtamento da fáscia plantar. Foi realizada liberação miofascial da musculatura da perna, realizou-se um alongamento específico para a fáscia plantar, aumentou-se a mobilidade do calcanhar e realizou aplicação de fita adesiva (“taping”) para adequar a mobilidade do calcanhar durante o movimento. Paciente relatou sair sem dor. Após a segunda sessão foi dada alta.
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